Saiamos a Ele — O Chamado da Graça
- pastorsantinel
- 10 de jun.
- 2 min de leitura

“Saiamos, pois, a Ele, fora do arraial, levando o seu vitupério.”
(Hebreus 13.13)
Nem todo chamado de Deus é um convite confortável. Há chamados que nos deslocam, que nos tiram do conhecido, que nos arrancam do centro da aceitação religiosa e nos empurram para as margens — para o lugar onde Cristo está.
O versículo de Hebreus 13.13 é um desses chamados. Um chamado para fora. Um chamado para perto de Jesus — mas não no templo, não na segurança das estruturas, e sim “fora do arraial”, onde Ele sofreu, rejeitado.
Graça Não É Lugar de Conforto, É Lugar de Encontro
A religião quer nos manter dentro. Dentro das regras. Dentro dos padrões. Dentro das expectativas. A graça nos chama para fora. Fora do merecimento. Fora da performance. Fora da religião que oprime e seleciona.
Cristo não permanece no centro dos sistemas religiosos. Ele está nos arredores. Ele caminha entre os quebrados, os impuros, os esquecidos. E o texto diz: “saiamos, pois, a Ele” — ou seja, Ele já está lá. Ele não nos espera dentro. Ele nos chama para fora.
Levar o Vitupério de Cristo
Seguir Jesus não é só receber bênçãos e consolo. É também carregar o Seu vitupério — a vergonha, o escárnio, o julgamento que o mundo (e até a religião) lança sobre quem escolhe a cruz ao invés do palco.
Levar o vitupério de Cristo é viver uma fé que não busca aplausos, nem lugar de destaque. É viver uma vida que prefere a presença de Deus à aceitação dos homens.
É dizer: “prefiro estar com Cristo fora do arraial do que ser celebrado dentro dele sem Ele.”
A Fé Que Rompe com o Sistema
O autor de Hebreus escreve a judeus cristãos tentados a voltar às práticas religiosas para se sentirem mais seguros, mais aceitos, mais “certos” diante de Deus. Mas o Evangelho não é segurança construída pela performance. É graça recebida pela fé.
Essa palavra continua viva hoje. Quantas vezes tentamos adaptar o Evangelho para torná-lo mais aceitável? Quantas vezes escondemos a cruz atrás de costumes, cargos, estruturas, para não termos que lidar com o escândalo da graça?
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