Missão, Visão e Valores
MISSÃO
Nossa missão é dar continuidade ao envio de Jesus, vivendo como igreja que manifesta, anuncia e encarna o Reino de Deus aqui e agora. Assim como o Pai enviou Jesus ao mundo, nós também fomos enviados — não para preservar uma instituição, mas para sermos um sinal histórico e profético do Evangelho: o amor que acolhe, cura e transforma.
Fomos chamados para viver o Evangelho todo, para o ser humano todo, em todas as áreas da vida. Isso significa pregar a Bíblia com fidelidade, acolher com compaixão os que sofrem, investir em missões e formar uma comunidade viva que anuncia que o Reino de Deus chegou até nós.
Cremos que o Evangelho não é apenas uma mensagem a ser ouvida, mas uma realidade a ser vivida — uma presença que transforma relações, reconcilia pessoas, cuida da criação e aponta para um novo céu e uma nova terra. Por isso, existimos para viver além do culto, além do domingo, além do templo — como corpo de Cristo em movimento, com simplicidade, fé e serviço.
Servir a Deus é um ato contínuo, que acontece nas ruas, nas casas, nos relacionamentos, no trabalho e em toda a criação. Ligados pelo amor em Cristo, somos uma comunidade que reconhece a obra do Espírito Santo como o início e a sustentação de toda verdadeira transformação.
Vivemos o Evangelho quando amamos como Jesus amou, quando acolhemos como Jesus acolheu e quando anunciamos que o Reino de Deus já está entre nós.
VISÃO
Nossa visão é ressignificar pessoas através da pregação do Evangelho até que possamos ser a igreja que Cristo espera.
VALORES
Amar a Deus sobre todas as coisa e o próximo como a si mesmo
Servir a Deus com toda a força e entendimento
Ser Testemunha viva do Evangelho
Ter a Bíblia como única regra de fé e conduta, pois é através dela que conhecemos Jesus
Saber que somos salvos pela Graça somente por intermedio da fé e isto não vem de obras
Saber que somos justificados pela fé, pois pela fé reconhecemos o sacrifício de Jesus
Ter a certeza que JESUS é o caminho, a verdade e a vida.
Ter a certeza que JESUS é o único mediador entre Deus e os homens
Temos a convicção que único digno de glória é o Senhor
Reconhecemos que JESUS é o ultimo Sumo Sacerdote instituindo assim o sacerdócio Universal
Reconhecemos que não somos salvos pelas obras, mas salvos para a obra
Reconhecemos que o evangelho está acima da cultura
Reconhecemos os dons para edificação da comunidade e entendemos que dentre todos o mais importante é o amor
Servir ao próximo em amor
Não ser indiferente com o sofrimento humano, mas ter compaixão
Não negociar os valores do Evangelho
NO QUE CREMOS
1. O Reino de Deus
Cremos que o Reino de Deus é o governo soberano e gracioso do Pai sobre tudo e todos. Este Reino foi inaugurado na história por Jesus Cristo e continua sendo manifesto por meio de sua Igreja. Ele será plenamente consumado na eternidade, para a glória de Deus, quando toda a criação estiver reconciliada com seu Criador.
2. A Missão da Igreja
Acreditamos que a Igreja existe como continuação da missão de Jesus Cristo no mundo. Enviada pelo mesmo Espírito que ungiu o Filho, sua vocação é levar o evangelho todo para o homem todo, promovendo reconciliação, justiça, compaixão e verdade.
3. A Pessoa de Deus
Cremos em um único Deus, eterno e verdadeiro, que subsiste eternamente em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo — iguais em essência, glória e majestade.
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Deus Pai, criador de todas as coisas, santo, soberano, onipotente, onisciente e presente em toda parte, sustenta o universo com seu poder e dirige a história com sabedoria e amor.
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Deus Filho, Jesus Cristo, eterno com o Pai, nasceu da virgem Maria, viveu sem pecado, morreu em nosso lugar como sacrifício expiatório, ressuscitou corporalmente, subiu aos céus e está à direita do Pai como único mediador e intercessor entre Deus e os homens.
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Deus Espírito Santo, também eterno, foi derramado sobre a humanidade. Ele habita na Igreja, consola, ensina, intercede, convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo, capacita os crentes e conduz a missão do Reino.
4. As Escrituras Sagradas
Cremos que a Bíblia, tal como revelada originalmente, é a Palavra inspirada de Deus, verdadeira e completa em tudo o que afirma. Ela é nossa suprema autoridade em assuntos de fé, prática e conduta.
5. A Criação e a Queda
Cremos que Deus criou todas as coisas em perfeita harmonia, e que o ser humano foi criado à sua imagem e semelhança. No entanto, por meio da desobediência de Adão, o pecado entrou no mundo, corrompendo toda a criação e sujeitando todos os homens à condenação, à morte e à separação de Deus.
6. A Redenção em Cristo
Cremos que a salvação é oferecida somente por meio de Jesus Cristo, nosso substituto e representante. Por sua morte na cruz — corpo partido e sangue derramado — Ele satisfez plenamente a justiça divina, vencendo o pecado, a morte e o poder das trevas, libertando todos os que nele creem.
7. A Justificação pela Graça
Acreditamos que somos justificados exclusivamente pela graça de Deus, por meio da fé em Jesus Cristo, mediante a regeneração operada pelo Espírito Santo — e não por obras ou méritos humanos.
8. A Ressurreição e Ascensão de Cristo
Cremos na ressurreição corporal de Jesus ao terceiro dia e em sua ascensão gloriosa à direita de Deus Pai, de onde intercede continuamente pela Igreja até que volte em glória.
9. A Igreja de Cristo
Acreditamos na única Igreja santa, universal e viva, composta por todos os que creem em Jesus Cristo. Ela é o corpo de Cristo na Terra, manifestando-se por meio de comunidades locais, que vivem em comunhão, adoração, serviço, discipulado e missão.
10. A Esperança da Volta de Cristo
Cremos na segunda vinda visível e gloriosa de Jesus Cristo. Ele virá em corpo glorificado, ressuscitará os mortos, julgará todas as coisas e consumará o Reino eterno, onde não haverá mais dor, injustiça ou separação — e Deus será tudo em todos.
O que é ser igreja?
A Igreja nunca foi chamada para ser um lugar. Ela foi chamada para ser um corpo em movimento — vivo, sensível, relacional. Desde os primeiros discípulos reunidos em torno de uma mesa, até as comunidades espalhadas pelo mundo hoje, a identidade da Igreja não está na estrutura, mas no encontro entre pessoas que confessam Cristo como centro e se entregam umas às outras em amor.
O evangelho Para Nós, Entre Nós e Através de Nós
Jesus não apenas nos comunicou verdades — Ele nos revelou o caminho da existência redimida. Seu ministério não foi centrado em dogmas, mas em encontros. Sua missão não foi uma abstração divina, mas uma encarnação concreta do amor. O que Ele revela para nós, entre nós e através de nós é, essencialmente, o Reino de Deus manifesto no amor e na partilha — um reino que não vem com aparência exterior, mas que se manifesta onde há acolhimento, reconciliação e comunhão.
A revelação de Jesus é, portanto, um movimento contínuo: começa no íntimo, floresce na relação e transborda na missão.
Porque o Deus que se revelou em Cristo não está apenas no alto —
Ele está no meio, no entre, no pão que se reparte.
PARA NÓS
Para nós, Jesus revela o Coração do Pai. Ele nos apresenta um Deus que se inclina, que se senta à mesa com os rejeitados, que parte o pão com os famintos — não apenas de comida, mas de pertencimento. O “para nós” é o convite inicial ao Reino, onde o amor é a lógica e a graça é a porta. Trata-se da revelação que desmantela nossas imagens distorcidas de Deus como juiz severo ou comerciante de bênçãos. Aqui, Ele nos liberta das projeções infantis e ansiosas sobre a divindade, como propõe a psicanálise: um movimento de desidealização necessário para que possamos simbolizar Deus como Pai — não um pai narcísico, mas aquele que sustenta sem invadir.
ENTRE NÓS
Entre nós, Jesus se revela na reconstrução dos laços. A comunhão não é acessório, é revelação. É entre nós que Cristo se faz corpo: na escuta, no perdão, no serviço mútuo. A psicanálise, especialmente em Winnicott, nos ensina que a constituição do sujeito depende de um ambiente suficientemente bom — ou seja, de vínculos que sustentam a experiência de existir sem que o sujeito precise se adaptar a um falso self para ser amado. A comunidade dos discípulos de Jesus deveria ser esse espaço transicional: um lugar onde a presença do outro não anula, mas confirma a singularidade do sujeito. É na partilha do pão — gesto simbólico e real — que somos chamados a reconhecer que há lugar para todos à mesa, e que o outro não é ameaça, mas extensão do mistério de Deus.
ATRAVÉS DE NÓS
Através de nós, Jesus revela o que é ser Igreja: não uma estrutura, mas um organismo vivo. Ser Corpo de Cristo é tornar visível o amor invisível. É permitir que o mundo veja Deus na forma como nos doamos, nos reconciliamos e nos colocamos a serviço. A subjetividade, na psicanálise, não se realiza no isolamento. É pela transferência — pela relação com o outro — que o sujeito se reencontra consigo mesmo. Assim também no plano espiritual: o Cristo que nos habita deseja passar através de nós. Não como imposição, mas como testemunho.