Por Que Voltar à Sombra?
- pastorsantinel
- 10 de jun.
- 2 min de leitura

“Foi para a liberdade que Cristo nos libertou. Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a um jugo de escravidão.”
(Gálatas 5.1)
“Saiamos, pois, a Ele, fora do arraial, levando o seu vitupério.”
(Hebreus 13.13)
Há perguntas que não são apenas teológicas — são existenciais. Essa é uma delas: por que voltar à sombra, depois de ter visto a luz?
A Sombra que Seduz
A sombra religiosa tem forma, tem regras, tem visibilidade. Ela oferece uma sensação de controle espiritual: se eu cumpro os ritos, se eu me encaixo nos padrões, se eu sigo os costumes… então estou bem com Deus. É a velha tentação do mérito: conquistar a aceitação por desempenho.
Essa sombra é sedutora porque é previsível. Mas é também enganosa. Porque ela nos afasta da simplicidade do Evangelho, onde tudo foi feito por Cristo e nada pode ser acrescentado à obra da cruz.
A Luz que Escandaliza
A graça, ao contrário, é escandalosa. Ela oferece salvação sem esforço, acesso sem merecimento, amor sem condição. E justamente por isso, tantos recuam. Preferem os altares da religião à mesa da graça.
Mas a cruz já foi erguida. O véu já foi rasgado. O sangue já foi derramado. E a luz já brilhou.
Voltar à sombra, agora, é tentar refazer o caminho que Cristo já consumou.
O Risco do Retrocesso Espiritual
Foi exatamente isso que o autor de Hebreus denunciou: cristãos tentados a voltar à antiga aliança, a restaurar práticas, rituais, genealogias — não por amor à história, mas por medo de viver na liberdade.
E Paulo ecoa o mesmo alerta: “não se submetam, de novo, ao jugo de escravidão”. A escravidão da aparência, da comparação, da religião que mede quem merece ou não.
Cristo não nos chamou para sermos administradores de regras. Ele nos chamou para sermos filhos — livres, cheios do Espírito, guiados pelo amor.
A Decisão: Luz ou Sombra?
Quem viu a luz não pode mais se esconder na penumbra.
Quem provou da graça não pode mais viver por merecimento.
Quem encontrou Cristo fora do arraial não pode mais habitar templos vazios de presença.



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