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O que é ser Igreja? : 'Recentrando' a Igreja no Rei e em Seu Reino.



A fé cristã, muitas vezes, corre o risco de ser reduzida a moralismos, ativismos ou experiências desconectadas da essência do Evangelho. Em meio a tantas vozes, métodos e estruturas, a Igreja precisa ser constantemente chamada de volta à sua fonte: Jesus Cristo.

E é dEle que nasce o chamado ao Reino de Deus — um Reino presente, futuro, eterno e encarnado.


O Cristocentrismo não é apenas uma ênfase doutrinária. É a base da fé autêntica. Ser uma comunidade cristã é mais do que crer em Deus ou praticar valores religiosos: é viver centrado na pessoa, na obra e no ensinamento de Jesus de Nazaré.

Ele não é acessório da fé — é o centro, o fundamento, o alvo.


“Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo.” (1 Coríntios 3:11)


Jesus: a Revelação Final e Completa de Deus



A epístola aos Hebreus começa com essa afirmação essencial:


“Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou nestes últimos dias pelo Filho…” (Hebreus 1:1-2)

Cristo não é uma parte da revelação — Ele é a revelação plena.

Toda a leitura bíblica, a prática eclesial e a espiritualidade autêntica precisam ser lidas a partir de Cristo, e não ao redor dEle.

Onde Cristo não é o centro, o Evangelho perde sua forma e sua força.



O Reino de Deus: A Missão de Cristo Tornada Missão da Igreja



Quando Jesus inicia seu ministério, sua primeira proclamação é clara:


“O Reino de Deus está próximo. Arrependam-se e creiam nas boas novas.” (Marcos 1:15)

O Reino não é uma ideia abstrata.

Ele é a ação concreta de Deus na história por meio do Filho, reconciliando o que foi separado, curando o que foi ferido, restaurando o que foi perdido.

Jesus não apenas falou sobre o Reino — Ele o encarnou.


Ele tocou os marginalizados, confrontou os poderosos, libertou os cativos e anunciou paz aos que estavam longe.

Portanto, viver centrado em Cristo é também viver comprometido com Seu Reino — com sua justiça, sua misericórdia e sua presença entre os pobres, os quebrados e os excluídos.



Cristo como Rei, Não Apenas como Salvador



O erro de muitas comunidades cristãs é reduzir Jesus a um Salvador individual, desconsiderando que Ele também é Rei coletivo.

Ele não veio apenas salvar almas — veio restaurar toda a criação.

Paulo afirma:


“Pois nele foram criadas todas as coisas… e Ele é antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste.” (Colossenses 1:16-17)

Isso significa que todas as esferas da vida devem estar sob o senhorio de Cristo:


  • Nossa espiritualidade, sim.

  • Mas também nossos relacionamentos, decisões éticas, economia, justiça social, cultura e missão.




O Reino Não É Deste Mundo, Mas Está Neste Mundo



Jesus disse a Pilatos:


“O meu Reino não é deste mundo…” (João 18:36)

Isso não significa que o Reino é “espiritual” no sentido de ser invisível ou intocável.

Significa que Ele não opera com as lógicas do poder, da dominação ou da violência, como os reinos deste mundo.

Seu Reino é o Reino do amor, da verdade, do serviço e da reconciliação.


É por isso que a Igreja, quando é verdadeiramente cristocêntrica, se torna sinal visível do Reino invisível.

Ela proclama, mas também encarna.

Ela ensina, mas também partilha.

Ela crê, mas também transforma.


Implicações para a Vida da Igreja

  1. Cristo no centro da Palavra, da adoração e da missão.

    Tudo o que fazemos deve ser um reflexo dEle.

  2. A Igreja como expressão do Reino:

    Chamados não a construir impérios religiosos, mas a manifestar o Reino com humildade e verdade.

  3. Discípulos comprometidos com o estilo de vida do Rei:

    Que carregam a cruz, não o poder. Que partem o pão, não a fama.

  4. Evangelho integral:

    Proclamar salvação eterna e agir pela justiça no tempo presente.


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