top of page

O que é ser Igreja? : A Dimensão Vertical da igreja


Não buscamos a Deus por esforço próprio.

A verticalidade da vida cristã é resposta a um movimento que começou do alto para baixo — do céu para a terra.

A iniciativa é dEle:


“Nós amamos porque Ele nos amou primeiro.” (1 João 4:19)

O Deus das Escrituras é um Deus que se revela, que fala, que se aproxima.

Ele se revelou na criação, falou pela Lei e pelos profetas, e Se deu a conhecer plenamente em Jesus Cristo (Hebreus 1:1-2).

Essa revelação é o fundamento da dimensão vertical: não subimos por mérito, mas respondemos à graça que desce até nós.




2. Viver Voltado Para Deus é Cultivar Intimidade e Aliança



A vida vertical é marcada por comunhão constante com Deus.

Não se trata de um momento devocional isolado ou de rituais religiosos ocasionais, mas de um estado de consciência e entrega contínua:

– buscar a Deus em oração (1 Tessalonicenses 5:17),

– meditar em Sua Palavra (Salmo 1:2),

– adorá-Lo em espírito e em verdade (João 4:24),

– confiar em Sua vontade (Provérbios 3:5-6).


No Antigo Testamento, Deus chama Israel para andar em Seus caminhos, não apenas obedecer normas.

No Novo Testamento, Jesus nos convida a permanecer n’Ele (João 15).

A vida vertical é, portanto, vida de aliança — não de performance, mas de permanência.




3. Viver Voltado Para Deus É Ser Transformado Pelo Alto



A espiritualidade vertical nos transforma.

Ela não nos aliena do mundo, mas nos liberta da escravidão do ego, da vaidade e da idolatria.


Paulo afirma:


“Pensai nas coisas lá do alto, e não nas que são aqui da terra.” (Colossenses 3:2)

Essa orientação não significa desprezar a vida terrena, mas ordenar o coração a partir da eternidade.

A verticalidade nos tira do imediatismo e nos ensina a viver com profundidade, com consciência da presença de Deus.


“E todos nós… contemplando a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória…” (2 Coríntios 3:18)

A verdadeira adoração transforma, refina, amadurece.

Viver voltado para Deus é viver em conversão contínua, sendo moldado à imagem de Cristo.




4. A Igreja Como Comunidade Vertical



Quando nos reunimos como Igreja, a verticalidade se manifesta de forma comunitária:

– na oração congregacional,

– na escuta reverente da Palavra,

– na Ceia do Senhor,

– na adoração coletiva.


A dimensão vertical da Igreja nos lembra que não somos o centro da reunião — Deus é.

Vivemos num tempo em que muitas comunidades correm o risco de antropocentrismo — tudo gira em torno do bem-estar humano, da experiência emocional e da performance litúrgica.

Mas uma Igreja viva é aquela que permanece ajoelhada diante do trono.


“Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da Sua glória.” (Isaías 6:3)



5. A Verticalidade Sustenta a Horizontalidade



A vida voltada para Deus é a fonte que sustenta a vida voltada para o próximo.

Sem a dimensão vertical, a missão da Igreja se torna ativismo; o serviço, cansaço; a comunhão, superficialidade.

É da presença de Deus que brota o amor verdadeiro, a justiça profunda, a paz duradoura.


Jesus orava antes de agir, silenciava antes de pregar, se retirava antes de multiplicar pães.

Ele nos ensinou que toda ação verdadeira nasce da intimidade com o Pai (Lucas 5:16; João 5:19).


Conclusão: Uma Vida Para o Alto, Que Transforma Tudo ao Redor


Ser Igreja na dimensão vertical é viver de forma elevada — não arrogante, mas centrada em Deus.

É reconhecer que sem Ele nada podemos fazer, e que com Ele, tudo encontra sentido.


“Ele nos ressuscitou juntamente com Cristo e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus.” (Efésios 2:6)

A dimensão vertical não nos tira da terra.

Ela nos ensina a caminhar com os pés firmes no chão, mas com os olhos no trono.

Comments


2025 por One Produções

bottom of page